Sex Education - Terapia sexual em série!


Educação Sexual

Um divertido apanhado das sexualidades e todas as dúvidas que cercam nossas intimidades. Sempre recebo perguntas se isso ou aquilo é normal e norma é o que sempre nos confrontamos, perante nossas verdades. A nova série da Netflix Sex Education traz tudo isso de uma forma muito leve e até desmistificando o tabu da terapia sexual ou do autoconhecimento, início de toda conversa íntima.

!! Este texto contém spoiler!

Um serviço social daqueles de dar orgulho, Sex Education já vem com a dupla principal, formada por dois amigos, sendo um gay e outro hétero. Daí vem uma série de referências, de arte erótica à pornografia, de dúvidas de adolescentes à aborto, casamento gayautoestimarelacionamentos e uma gigantesca terapia sexual e em série, em cadeia.

Sex Education | Trailer Oficial | Netflix

Quase atemporal, amoral, um campus de hard school, fértil em curiosidades sexuais e sexualidades. Lésbicas de primeira viagem, punheteiros e boqueteiros de primeira viagem. Pressão familiar, juntamente ou em meio relacionamentos e vivências adultas - pais e filhos, e Freud.

É muita informação e vamos então tentar listar algumas referências das sexualidades, diversidade e papo reto sobre sexo.


Sex Coaching

Um dos tabus entre adolescentes é falar sobre sexo, principalmente com os pais ou outro adulto, ou qualquer pessoa. Uma vergonha ou excesso egocêntrico, onde tudo é proibido ou muito íntimo pra verbalizar com outros.

Sex Education é uma série de televisão britânica de comédia dramática, criada por Laurie Nunn, que estreou em 11 de janeiro de 2019 na Netflix. A série é estrelada por Gillian AndersonAsa Butterfield, Emma MackeyNcuti GatwaConnor Swindells Kedar Williams-Stirling.

Otis (Asa Butterfield), um adolescente de 16 anos, virgem, filho de uma terapeuta sexual, encara o que todos terapeutas, sexólogos, sex coach falam, "é só uma conversa íntima, por que não?". Se investimos tanto em beleza, roupas, academia, estudos diversos, tatuagens, piercings, por que não investir e falar do que a gente mais gosta, sexo?

A princípio, de mãe para filho, o dom de conversar sobre nossas intimidades pode abranger todos os nossos relacionamentos, amigos, namorados, conjugues, parentes, profissionais e até desconhecidos. Uma democratização da informação sexual, do que todos sempre se perguntam o que procuram e o que fazer para conquistar ou realizar seus desejos mais íntimos.

Um bem comum passado de mão em mão.

Uma terapia em cadeia, passada de um para o outro, já mostrando que o diálogo, a verbalização dos nossos desejos íntimos, entre amigos, casais e parentes, é mesmo a melhor palavra para descrever terapia sexual e de relacionamento: amizade.

Aliás, todos acham estranho um garoto de 16 anos e virgem ser um terapeuta sexual. Mas esta é a grande vertente, os terapeutas sabem disso, onde o paciente pode confundir a terapia, querendo investigar o terapeuta e não suas próprias questões.

O terapeuta ou sex coach está para as questões do aluno, paciente e apenas utiliza seu conhecimento para auxiliá-lo. Resumindo, a vida do consultor, terapeuta, sensual coach não importa e, sim, as questões daquele que escuta e vai aconselhar.


Adolescência

Talvez a fase mais especial de nossas vidas, a adolescência vem cheia de dúvidas curiosidades, no ímpeto de querer experimentar tudo e todos, passando de vez no portal para a fase adulta.

Romances, convites, paqueras, a festa da atração afetiva e sexual começa para quem, há puco, era uma criança e não sentia nada disso. Sangue nos olhos é o apelido para os adolescentes.

Se bem que, com todo tabu em volta da sexualidade, adultos também apresentam dúvidas tão comuns quanto dos adolescentes, mostrando que o interesse no assunto deve mesmo ser respeitado por todos, pelo menos para quem busca satisfação sexual e pessoal.


Virgindade

Lily Iglehart (Tanya Reynolds), uma desesperada em perder a virgindade, só pra não chegar na universidade ainda virgem ou "não ser deixada de lado", como ela mesmo diz. Uma reflexão sobre o tal "cada um tem seu tempo" ou as recorrentes dúvidas adolescentes de que qual momento estarão realmente preparados.

E por que querem fazer sexo e como seria esse sexo?



Iniciantes

Daí a próxima referência: iniciantes. Mesmo já sabendo o que quer, como quer, podemos nos surpreender com as próprias experiências, haja vista que as mesmas não são meramente fantasias e, sim, realidade.

Duas lésbicas de primeira viagem vivem o drama de saberem que estão no caminho certo, porém, não dão muito certo na cama, contradizendo tal certeza.

Uma das questões que vemos em todos os relacionamentos, gays ou heterossexuais, onde nos colocamos no cumprimento de papéis predefinidos, sem mesmo saber se é esta mesma nossa verdade. "Ativos" ou "passivos", por que não "versátil" ou gouines? E o que seria ser "passivo" ou "ativo" e o que isso vai trazer como regra ou obrigação?


Casamento gay

Uma pincelada no casamento gay, Sex Education traz duas mães, numa relação inter-racial, classe A, e mostrando que os conflitos que geram até divórcio, também são comuns a todos e não exclusivo de um ou outro tipo de sexualidade ou gênero.

Mães (poderia ser pais) que transferem suas projeções nos filhos, pressionando-os a ponto de traumatizá-los ou criar pânico ou mesmo dificuldades sexuais e de relacionamento.


Pressão familiar, pais e filhos

Nesta família de duas mães, Jackson Marchetti (Kedar Williams-Stirling) é o menino de ouro, com todas as apostas de sucesso pesando nos ombros, gerando crises de ansiedade.

Outro filho perturbado pelos pais, no caso, o pai, Adam Groff (Connor Swindells) tem um pai severo, diretor da escola que estuda e também deposita um carga pesada na vida do garoto, que falarei novamente no próximo tópico.


Diversidade e homofobia

Embora a diversidade sexual e até racial esteja na série como super normal, alunos negros, brancos, nerds, fashionistas, imigrantes e o escambau numa escola de ricos, convivendo e se admirando, sem levar em conta os preconceitos, Sex Education não poderia de deixar de falar da homofobia, desta vez no mais alto estilo.

Adam é o garoto burguês problema, que vivia fazendo bullying com Eric Effiong (Ncuti Gatwa) na escola, mas a série teve a brilhante e necessária ideia de mostrar o motivo (segundo diversas pesquisas acadêmicas) da homofobia: vontade de pegar e não ter coragem ou não aceitar sua verdade.


Erotismo

Os momentos mais eróticos, no sentido cinematográfico, fica mesmo com as ereções em cena, por debaixo da caça, do calção, da cueca ou mesmo os já famosos nudes da Netiflix, sempre "pagando bundinha", pelos pubianos e, nesta série, até uma visão de um super dotado nu, de costas!


Onde começa ou termina a terapia e passa para o papo reto entre transantes. Ou uma conversa de mãe, pai para filho ou filha. Uma verdadeira educação sexual. Conversa entre amigos, casais, no meio de sexismo e fobias.

Uma excelente motivação para não termos amarras para falar de sexo ou comentar nossas dúvidas para melhorar nossa satisfação sexual e, consequentemente, pessoal. Então, bora conversar de verdade! A propósito, sou sex coach.

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