Saiba mais sobre BDSM

O que é isso?

Diante tantas siglas e gírias por aí, o termo BDSM parece mais uma modinha que inventaram nas redes sociais. Mas é muito mais antigo até que Marquês de Sade (1740-1814), o escritor que deu nome ao Sadismo, ou seja, o prazer sexual pela humilhação ou sofrimento físico. Ou um dos infinitos jogos eróticos.

Foto: Do Livro de Ilustrações Marquês de Sade – 100 Erotic Illustrations



Aliás, o acrônico Sadomasoquismo junta esta obtenção de prazer ao praticar atos de crueldade ou domínio (aqui, consensual), abrangendo as parafilias incluídas na sigla BDSM: Bondage (amarração, imobilização, piercing), Dominação, Submissão, Sadismo, Masoquismo.

Ou seja, uma porção de palavrinhas virão nesta postagem, para seu conhecimento ou reconhecimento. Bora lá!

A submissão no BDSM

A submissão é o ato ou ação de se submeter a algo ou alguma coisa, deixar ser dominado passivamente - uma forma de subordinação, vassalagem ou servidão. Um indivíduo que vive em estado de submissão é chamado de submisso e é caracterizado pelo excesso de humildade e servilismo.

Talvez sua origem vem exatamente dos séculos de impérios e monarquias e, consequentemente, escravidão e vassalagem. Nada diferente dos dias atuais, onde ambas as situações podem ser reais e também consensuais.

Ser submisso não se resume nas famosas frases : "Sim senhor(a) / Não senhor(a)", submisso vai muito além. Ele tende deixar de lado suas vontades, a partir do momento em que o mesmo aceita a coleira, dizendo que pertence ao dominante, e que, dali em diante, tudo que foi acordado na negociação passa a ser de responsabilidade do dominador.

Ser submisso não significa não ter vontades e desejos, pelo contrário, significa ter vontades e desejos, porém, só executa-los se esse for o desejo de seu dominador. Um prazer condicionado ao desejo do outro.

Há uma visão de que submissos são seres fracos e ingênuos, que não tem capacidade de cuidar de sua própria vida. Mas, para quem tem esta visão, sinto informar, está completamente enganado. No BDSM, tudo é combinado antes, na regra SSC - São, Seguro e Consensual. Ou seja, pessoas adultas e bem seguras que tratam de realizar suas fantasias, fetiches ou, simplesmente, seus desejos sexuais e eróticos.

Foto: Reinaldo Rezende (Ensaio Public Men - modelo Thalisson)
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Nesta outra visão, se o submisso é quem sente prazer em receber e cumprir ordens, e em se submeter aos gostos do dominante, ser submisso significa também retirar prazer desse poder que o dominante exerce sobre o mesmo, sempre priorizando o prazer e satisfação do dominador, mas mantendo a troca e satisfação para ambos.

Na hora da negociação, por exemplo, cabe ao submisso definir seus limites rígidos e brandos - limites rígidos são aqueles em que o dominador jamais deverá ultrapassar, já os limites brandos são aqueles em que o submisso está disposto a ultrapassar, dando liberdade para que o dominador trabalhe da forma que julgar mais confortável, a ambas as partes (lembrando sempre da tríade SSC).

Por outro lado, cabe ao dominador ensinar, guiar, treinar e proteger o submisso, com a finalidade de que se atinja os níveis desejados, para que ambos se sintam realizados e felizes na relação.

Em tempo, a moda Leather (Couro) é bastante presente no BDSM, com acessórios que vão desde algemas, coleiras, máscaras a macacão, juntamente com a prática Strap, com cintas e cuecas jockstrap.

Nestas fotos, por exemplo, a linha Urban Sex leva a moda BDSM às ruas, podendo compartilhar os acessórios entre quatro paredes ou nas produções sexy do dia a dia, poderosas em sensualizar com o máximo de erotismo e bom gosto.

Mais palavrinhas... Existem vários tipos de submissão, confira!


Tipos de Submissão

Bottom:

Bottom é o passivo na prática, embora, muitas vezes, os papéis de bottom e submisso se encontram. O bottom não é necessariamente um submisso.

O diferencial do submisso para o bottom, é que o bottom tem um controle muito maior sobre suas cenas, não entregando totalmente o controle ao dominante. A relação funciona como uma parceria - tipo: "bate na minha cara, anda!" - quem está dominando aqui?

Submisso e submisso na cama:

Além do submisso, há aquele que se submete apenas entre quadro paredes. É dentro do quarto que ocorre a troca de poder e é nele que permanece. Grande parte desta submissão, no momento em que acontece a entrega é completa, mas a partir do momento em que as portas se abrem o submisso, por assim dizer volta ao seu papel cotidiano. Ou seja, este tipo de submissão entrega o poder ao dominante apenas no quarto.

Nesta troca de papéis, é bastante comum homens ou mulheres dominadoras na vida pessoal e profissional, preferirem ser submissos na cama, na intimidade.


Escravo:

É o ponto extremo da submissão. É tido como "ponto de conhecimento geral", em comparação com submissos, escravos entregam o controle amplamente ao dominante. Carta branca, registros até no cartório.

Escravos não têm direito de renegociar após a negociação, assim como o controle na hora de forçar os limites, estes por sua vez, serão definidos pelo dominador. O único direito do escravo depois de negociado é deixar a relação. Contudo, há contratos que asseguram tudo isso.

Pet:

É onde o submisso abandona o comportamento humano e passa a agir como um animal. Os mais comuns são equídeos, felídeos e canídeos (dog).

A prática furry (''peludo'' em inglês) é um estilo de subcultura relacionada a personagens ficcionais, que apresentam características antropomórficas, assim apresentando personalidade e características humanas, que também poderá estar associada na submissão Pet.

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SAM (Smat-ass masochist):

É o submisso masoquista que exibe um comportamento ruim, na intenção de receber castigos físicos posteriormente. Masoquistas espertinhos que desobedecem as ordens do dominador só pra ganhar mais surra, xingamentos e humilhações.

Baby e Little:

São submissos do infantilismo/Age Play. Babyes, retratam bebês que podem usar fraldas, chupar chupetas, e desenvolver uma linguagem própria, bem como a falta dela.

Littles retratam crianças pequenas, acabam definindo para si uma idade específica e agem de acordo com a idade escolhida.


Masoquista:

É quem literalmente gosta de sentir dor, em um âmbito sexual ou não. Apresentam liberação hormonal diferenciada durante as práticas que envolvem dor, os níveis de adrenalina e endorfinas tendem a ser super elevados, enquanto os níveis de testosterona tende a cair. Isto causa o prazer e pode literalmente viciar, se liberados em grandes volumes na corrente sanguínea, provocando um estado de grande euforia.

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Brat:

A tradução literal de brat seria algo próximo de pirralho, no sentido pejorativo da palavra. No BDSM, brats são submissos que têm por hábito responder, desafiar, serem consideravelmente desobedientes, mas sem faltar com o respeito.

Brats jamais se submetem. O objetivo é ser subjugado. Ao contrário do que se pensa, não é uma busca por atenção, mas sim, algo que poderia ser lido, de maneira mais simplista como um "Mande se puder. Conseguiu? Vamos ver por quanto tempo".

O que é, aparentemente, uma péssima qualidade para um submisso, pode, na verdade, divertir alguns dominadores. Na grande maioria das vezes, brats são masoquistas.

Dorei:

Não, não é meu. A tradução literal significa "escravo". Dorei são submissos do Shibari/Kinbaku, mas se diferenciam dos submissos do bondage na questão da servidão.

Doreis pertencem ao Kinbakushi/shibarista e estão ali para servir ao propósito do artista das cordas, seja este qual for, mas geralmente focado na bondage, amarração, imobilização e piercing, também considerado assim nas torturas com grampos ou pregadores na pele do sub.

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Um D/s pode envolver duas ou mais das categorias acima, lembrando que não são todas, e sim as principais.

Convém ressaltar que, independentemente do tipo de relação que se estabeleça, o bem estar físico e psicológico dos intervenientes tem de estar sempre presente.


Links relacionados e fontes:

Ilustrações Marquês de Sade
https://www.vice.com/pt_br/article/8xbdgk/marques-de-sade-novo-livro-ilustracoes-porno

Moda BDSM Urban Sex
https://reisexstore.blogspot.com/2018/08/moda-bdsm-urban-sex.html

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